Life is a maze and love is a riddle. I don't know where to go.

11 de março de 2012

O que é que sou eu?

Para. Para de deixar trabalhos a meio. Para de te levantar, de andar à roda, de dar dois passos para a frente a saber que os vais voltar a dar para trás. Para de mudar a posição na cadeira, de atar e desatar o cabelo. Para de uma vez. E pensa...no que deves. 

Estarei louca?

10 de março de 2012

Trabalhos de português...

Ai que bom seria...
este frio acabar.

E eu não pensar
de como bem teria
teus olhos agradar,
sem a ousadia
de a mim negar
tão quanto devia
em mim desgostar.

Como me atreveria
a ti confessar,
que jamais amaria
como te ouso amar.
Este calor devia
decerto chegar...
Ai que bom seria!

9 de março de 2012

A vida é irónica

Acabo de fazer um teste…de geografia. Acabo de calcular a Humidade Relativa de um balão de ar à temperatura de 26ºC, a mesma de hoje – 100% era a Humidade Relativa. Escrevi até ao último segundo do toque de saída e mais uns dois minutos, de mão trémula e pouco firme desde o início. Com o nervosismo a percorrer-me todo o corpo e a cabeça tão preocupada em fazer tudo o que devia bem e em não me desiludir, mais uma vez. Não me lembro de parar para pensar, ou olhar à volta. Acabo de sair de uma sala na vontade inexplicável de respirar ar puro, de simplesmente respirar. Deparo-me com uma falta de alívio que me deixa inquieta e instável. Esqueço-me que estou na escola e que está ali alguém a interrogar, comentar ou assistir, quando preferia umas tantas vezes estar noutro lugar, ou melhor, estar de outra forma. Cada inspiração me pareceu mais poluída que a anterior, até saturar. Aprendi com a geografia que o ar saturado tende a precipitar sob a forma de chuva ou neve – as lágrimas não são de todo brancas. É por isto que digo que a vida é irónica.
Acabo de me sentar nesta cadeira, acabo de começar a escrever, porque isto faz-me realmente bem.

13 de fevereiro de 2012

Os meus olhos cansados começam a fechar-se lentamente e a dar espaço a pensamentos subconscientes que ganham vida e me mantém de alguma forma acordada. Sinto o corpo a amolecer a cada fraco pestanejar na mesma medida em que se desvanece a melodia das cordas nos meus ouvidos vinda do outro lado da linha. Vou-me perdendo por entre pedaços de músicas, de frases inacabadas, de sentimentos mal assumidos...

Quando dou por mim, adormeci.

6 de fevereiro de 2012

Verdadeiro inverno


O vento fresco, que me leva os cabelos para a frente dos olhos, gela e imobiliza a minha face anteriormente quente e corada. Impossibilita-me de olhar de frente, sorrir ou pestanejar lentamente. A cada fraca respiração sinto-me a despedaçar, a perder-me pelos campos até onde a minha visão vai.
Anseio pelo momento em que o vento vai passar e a minha face voltará a ganhar mobilidade...vida. Aí os pedaços dispersos talvez voltem a unir-se e os meus olhos voltarão a alcançar a imensidão dos teus, de frente. Se me voltar a perder, será, única e exclusivamente, neles.

29 de janeiro de 2012

Tão confusa...

Hesito várias vezes antes de abrir um bloco de notas e me deixar levar pelo poder que a escrita tem de me aliviar de todos os pesos que carrego de corpo e alma. Evitar escrever resulta sempre numa tentativa falhada de ignorar o que se está a passar e ainda mais de desistir de uma coisa que, com enorme admiração, tenho gosto em fazer. Por outro lado, tenho medo de estar só a tentar fazer mais uma coisa que acaba por não ser o suficiente para me fazer acreditar que estas palavras, que este escrever é seguro e estará sempre comigo, tal como quero.
Nas últimas horas, não tenho sentido mais que um mar de questões a inundar a minha cabeça e todos os lugares, onde inesperadamente, renovei a minha presença. E por baixo de tudo isso, já eram tantos os assuntos que me punham verdadeiramente a pensar, que por curtos instantes esses tornaram-se tão secundários, tão pequenos.

Sem ignorar nada do que me deixa menos bem agora, estou numa confusão de não vejo a hora de sair.

25 de janeiro de 2012

Horas contigo sabem sempre a minutos que passam desalmadamente e sem qualquer espécie de dó e piedade que não me importava que o tempo tivesse para connosco nos momentos em que estamos juntos. Afinal, são instantes em que, sem máscaras, somos personagens que se olham nos olhos, incapazes de negar o que tomo por verdadeiro. 
São as tais horas, tão curtas e fugazes, que me fazem esquecer horários, pessoas e obrigações que detesto ter de seguir. Por isso é que acabam sempre comigo a correr de mochila às costas que nem uma criança mal habituada a cumprir horários que na realidade, é o que eu sou. No entanto, não deixa de ser por ditas boas causas.